Jornalismo Atualizado

Belo Horizonte: A capital da nona arte

Posted on: 19 de novembro de 2011

Revista Artesanal produzida na hora pelos visitantes

A gibiteca virou ponto de encontro de todas as histórias em quadrinho

No FIQ, uma mesa exposta com os clássicos dos Gibis

O festival mais uma vez teve excelente receptividade, diz Afonso Andrade

Casa lotada com um público estimado em 29 mil pessoas por dia

Com grande reconhecimento não só no Brasil como também no exterior, o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), é um evento bienal que tem como proposta trazer a nova safra de quadrinista. Considera como a nona arte, a linguagem dos quadrinhos vem tentando conquistar uma importância crescente no mundo contemporâneo. O evento foi realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte por meio da Fundação Municipal de Cultura e acontece de dois em dois anos.

De acordo com a tradição, o Festival homenageia um país e uma personalidade, e esse ano o nomeado foi Maurício de Souza, fundador da Turma da Mônica e a Coréia do Sul, país da fabricação dos quadrinhos conhecidos como “mangás”. A cidade desde o dia 9 a 13 deste mês foi tomada por profissionais e admiradores dessa arte reunidos na Serraria Souza Pinto, palco da sétima edição. Segundo Afonso Andrade, Coordenador Executivo do FIQ, este ano o Festival recebeu um público estimado em 29 mil pessoas por dia.

Para César Sampaio, 45 anos, advogado, o Festival foi um meio de introduzir a população em um processo não só criativo, como também de resgate desse formato de animação. “Acho que o Festival mostrou uma arte pulsante, onde os quadrinhos ainda estão vivos, por mais que não seja um meio muito usual hoje em dia” diz César.

Segundo o Coordenador Executivo do FIQ, O Festival não é um evento direcionado apenas para o público interessado em quadrinhos, mas para a cidade inteira “Uma das finalidades do Festival é apresentar a produção em quadrinhos para população da cidade, não só para quem compõe e lê como também para quem não conhece essa arte”

No festival, o público também pode acompanhar  o processo  de criação. Uma das atrações  foi a do “Putz Grila”. Nela,  os expositores  apresentaram  a tecnologia de ponta usada  para  produzir em tempo real as caricaturas. “Nossa proposta é trazer parte do que produzimos nos jornais locais da cidade, como O Tempo, Super, Pampulha e entre outros para que o público possa conhecer e até mesmo valorizar mais nosso trabalho” Conta Alcir Galvão, Caricaturista e Blogueiro.

Para os amantes desta arte, ainda há certo conservadorismo cultural. “A mídia controla o que as pessoas vêem e os quadrinhos são pouco valorizados por ela” relata Claudio Moraes, 25 anos, estudante de arquitetura em visita ao FIQ.

Essa presença em massa de autores independentes no FIQ parece trazer um recado: a mensagem é que o quadrinista brasileiro não está mais à mercê de ser descoberto pelas editoras, nem as usa como desculpa pela não publicação nacional. As déias na cabeça, vertidas no papel, juntamente com os avanços tecnológicos trazidos pela internet e pelo computador já possibilitam fazer também a edição, antes tão restrita ao circuito comercial.

Por: Ivana Emanuelle e Rebeca Rosa

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